sexta-feira, 28 de julho de 2017

7º DIA DA SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM 2017:Batismo — um novo pacto com Jesus

Sétima noite da #SemanaDeOração #Jovem2017, com a participação do grupo Filhos do Rei louvando ao Senhor, e a mensagem bíblica da noite com o jovem Dario Junior , trazendo-nos a mensagem do batismo e renascimento em Cristo Jesus.
Atos dos Apóstolos: 2. 38. Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.


Batismo — um novo pacto com Jesus


QUALQUER UM OU O FILHO DO REI?
Todos desejamos mostrar que pertencemos. Se você não pertencer a algum lugar, poderá se sentir como um nada. Se não tiver muitos amigos nas redes so­ciais, talvez poderá ser considerado um antiquado por muitos. Aqueles que dese­jam pertencer estão muitas vezes sujeitos a muita pressão dos pares, quer gostem ou não. Você tem que curtir o que os outros postaram, assim todos podem ver como você é legal. Sabemos que os peixes fortes nadam contra a correnteza, mas isso de fato é difícil. Para estar dentro, você tem que seguir a multidão. Algumas vezes isso torna difícil que você fale abertamente de sua crença em Jesus. Alguns podem pensar: essa é uma questão particular e não pertence ao meu perfil públi­co. Dizer a alguém, em uma conversa, que você frequenta a igreja no sábado pode ser difícil. O resultado é que pode ser difícil encontrar um lugar para pertencer. De um lado está o grupo ao qual você deseja pertencer, do outro, a igreja.
CONTEXTO HISTÓRICO E INTERPRETAÇÃO DA PINTURA
Na Europa, no fim da Idade Média, era através do batismo que você se torna­va parte da sociedade. Se você não fosse batizado, não tinha direitos. Essas pes­soas, como os judeus, por exemplo, tinham que viver em assentamentos fora dos portões da cidade. Essas eram áreas onde o comércio era realizado e eram muito incômodas para os outros – por exemplo, o curtume de pele de animais para fazer o couro que exalava um cheiro terrível. Porém, o pior é que os que viviam fora da cidade não tinham os privilégios da cidadania e podiam apenas buscar proteção dentro dos muros da cidade em casos excepcionais. Você era considerado como um cidadão legítimo se fosse imediatamente batizado depois do nascimento e recebesse um nome cristão, de acordo com o calendário dos santos.
O batismo se destinava a prover proteção especial contra o maligno. Porém, isso não durava para sempre, automaticamente. Se você blasfemasse contra Deus ou expressasse alguma outra ideia herética, poderia ser expulso da igreja ou exco­mungado e perdia o direito de ser sepultado em solo sagrado, que era o cemitério que ficava ao lado da igreja. Se você não fosse sepultado ali, poderia esperar a punição eterna. Dessa forma, a igreja possuía um profundo instrumento de poder e, frequentemente, o usava. Por exemplo, se alguém criticava qualquer compor­tamento não cristão dos papas corria o risco de ser marcado como herege. Então você era excluído da comunidade da igreja e da vida eterna. É por isso que o batismo e a obediência à igreja eram tão importantes.
O batismo é retratado à esquerda no painel do Altar da Reforma. Talvez até mesmo tenha sido um batismo na igreja de Wittenberg, onde Lutero havia pregado e onde este Altar da Reforma foi posteriormente instalado. A pessoa ba­tizando uma criança é bem conhecida. Filipe Melâncton, o melhor amigo e cola­borador de Lutero. Ele não era sacerdote ordenado, mas um professor de línguas bíblicas na Universidade de Wittenberg. O fato de estar batizando demonstra o quão importante era para Martinho Lutero que todas as pessoas fossem iguais aos olhos de Deus. À sua esquerda vemos o próprio pintor, Lucas Cranach, um dos homens mais ricos e influentes em Wittenberg. Ele está segurando uma toalha para secar o recém-nascido. À direita de Melâncton vemos outro membro da igreja segurando uma Bíblia aberta. Pode-se quase pensar que é Lutero, como o “Junker Jörg”. Tudo isso ocorre no contexto da igreja. Esse é o lugar onde a Pa­lavra de Deus se encontra. E é a Palavra de Deus que dá significado ao batismo. Além do mais, por qual autoridade Melâncton, que nem mesmo é pastor, oficia o batismo? Não é pela autoridade oficial de uma igreja tentado impor seu poder, mas unicamente pela autoridade de Deus e da missão à qual Ele nos chamou, que nos é dada nas Santas Escrituras.
Porém, isso levanta algumas questões. Podemos ler a respeito da necessidade do batismo em Marcos 16:16: “Aquele que crer e for batizado será salvo”. Portan­to, a Bíblia diz que é necessário crer para ser batizado. Será que Martinho Lutero compreendia o texto de forma diferente?

COMO MARTINHO LUTERO ENTENDIA O BATISMO
Seu sonho era uma igreja com membros voluntários onde todos tivessem ex­perimentado pessoalmente o que o evangelho significa em sua vida. Desta forma, além dos cultos regulares da igreja com toda a igreja, e sermões adicionais em latim para os cultos e como treinamento para os estudantes, ele também sugeriu uma “terceira cerimônia”, ou seja, uma terceira forma litúrgica de culto. Sua ideia era um tipo de grupo de estudo da Bíblia no lar:
Aqueles, porém, que desejarem ser cristãos sinceros e que estão prontos a professar o Evangelho com as mãos e a boca, devem registrar seus nomes e se reunirem em alguma casa para orar, ler, batizar e receber o sacramento e praticar outras obras cristãs. Nesta Ordem, aqueles cuja conduta não é própria de cristãos pode ser reconhecida, reprovada, reformada, rejeitada ou excomungada de acordo com a norma de Cristo em Mateus xviii. Aqui também, a oferta geral dada como esmolas poderia ser imposta sobre os cristãos, que estivessem dispostos a dar e ser dividida entre os pobres, segundo o exemplo de São Paulo em 2 Coríntios ix. Aqui não haveria necessidade de cantoria refinada. Aqui poderíamos ter o batismo e o sa­cramento de forma breve e simples: e tudo dirigido pela Palavra, pela oração e pelo amor. Aqui teríamos um bom e breve catecismo a respeito do Credo, dos Dez Mandamentos e da Ceia do Senhor. Resumindo, se apena tivermos pessoas que anelem ser cristãos sinceros, a Forma e a Or­dem logo se estabelecerão por si mesmas.1,2 [Tradução livre]
Martinho Lutero desejava ter uma igreja na qual cada indivíduo vivesse sua fé sinceramente e servisse aos outros na igreja e na sociedade. Uma igreja a que volun­tariamente decidissem pertencer e a se unir por profissão de fé. Essa seria realmen­te uma igreja vibrante. Mas o sonho de Lutero não se concretizou. Não conseguiu estabelecer uma igreja composta por membros voluntários. Então, confiou na ajuda do estado para construir a nova Igreja Evangélica. Dentre outras coisas, isso signi­ficou que cada recém-nascido fosse batizado diretamente, depois do nascimento, para ser assim membro da igreja. Porém, visto que um bebê não era ainda capaz de crer, Lutero era da opinião que, no batismo, os padrinhos prometessem ajudar a criar a criança na fé cristã. E, posteriormente, quando jovem, no Rito da Confirma­ção, esse indivíduo poderia então confessar que era filho de Deus.
Mas onde ficam, afinal de contas, a liberdade de escolha e a decisão pessoal pela fé?
Nesse sentido, a Reforma Protestante permaneceu sem convicção e dependia da autoridade do estado. Logo, os cristãos que criam de forma diferente em pon­tos individuais do ensino eram também pressionados ou perseguidos pelos pro­testantes. Assim sendo, nunca devemos nos esquecer dos homens e mulheres da Reforma que buscaram viver essa compreensão do batismo e de serem membros voluntários na igreja e que pagaram por isso com a vida. Isso também faz parte da Reforma, mas, muitas vezes, é simplesmente esquecido.

O EXEMPLO DO MOVIMENTO ANABATISTA
Além de Wittenberg, na Saxônia, havia um segundo centro de Reforma Pro­testante, na Suíça, liderada por Ulrico Zuínglio, em Zurique. Dentre seus amigos, também havia famílias que, na questão do batismo e de suas crenças fundamentais, desejavam seguir o modelo bíblico a todo custo e que, portanto, não permitia que o batismo de bebês fosse realizado. Eles se separaram depois de uma disputa pública entre eles. Um grupo, reunido em torno de Konrad Grebel, Felix Manz e Jörg Blaurock, seguiu clandestino e realizou o primeiro batismo depois da confissão de fé, no dia 21 de janeiro de 1525. Isso provocou profunda indignação no concílio da cidade protestante, Zurique e em outras autoridades. Os assim chamados anabatis­tas queriam não apenas batizar os crentes, mas também entendiam a igreja, como uma irmandade, de acordo com o modelo bíblico, que eles tentavam interpretar o mais literalmente possível. Dentre outras coisas, eles exigiam a liberdade religiosa, incluindo a separação de igreja e do estado e tentavam cumprir o ideal de partilhar todas as posses, de praticar a não violência e de buscar permanecer separados do mundo e de todo mal. Em menos de cinco anos, o movimento anabatista foi víti­ma de severa perseguição das autoridades locais e imperiais, bem como de outras igrejas protestantes e da Igreja Católica Romana. Na Dieta de Speyer, em 1529, os príncipes (protestantes e católicos) prometeram executar a pena de morte a todos que defendessem o batismo do crente. Martinho Lutero também concordou com essa promessa de pena de morte, embora os anabatistas apenas quisessem viver como verdadeiros filhos de Deus, como filhos do Reino.

VOCÊ JÁ É FILHO DO REI?
“Pelo batismo confessamos nossa fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo e testificamos nossa morte para o pecado e nosso propósito de andar em novidade de vida. Assim reconhecemos Cristo como Senhor e Salvador, tornamo‑nos seu povo e somos aceitos por sua igreja como membros. O batismo é um símbolo de nossa união com Cristo, do perdão de nossos pecados e do recebimento do Espírito Santo. É por imersão na água e depende de uma afirmação de fé em Jesus e da evidência de arrependimento do pecado. Segue-se à instrução nas Escrituras Sagradas e à aceitação de seus ensinos (Mt 28:19, 20; At 2:38; 16:30-33; 22:16; Rm 6:1-6; Gl 3:27; Cl 2:12, 13).” (Manual da Igreja, cap. 14, “Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. p. 171)3
“Jesus respondeu-lhe, declarando: ‘Em verdade, em verdade te asseguro que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus’” (João 3:3).
O batismo é um sinal exterior de que alguém aceitou Jesus como seu Salva­dor; é a declaração de sua nova fé em Cristo, confiando em Seu perdão e sendo batizado. O que quer que você tenha feito na vida e tudo o que o afastou de Deus agora pertencem ao passado. A Bíblia menciona o batismo como o momento de identificação com a morte e a ressurreição de Jesus. De forma real, você morre para sua vida antiga, como pecador, e é ressuscitado para uma nova forma de vida, mediante o poder do Espírito Santo. Você agora inicia um novo tipo de vida, a vida do Reino, através do Espírito Santo, que vem agora habitar em você para transformá-lo, para equipá-lo para o serviço e para habitar em você como seu permanente Consolador. Você agora deseja que toda sua vida pertença a Jesus.

O batismo é como um lindo casamento, selando o laço com a pessoa de seus sonhos. Depois da confissão de sua fé, você é batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Rei do universo o declara como Seu filho e herdeiro. É difícil de acreditar. Mas no momento em que você é imerso na água (a Bíblia fala da sepultura nas águas), uma nova pessoa emerge e sai das águas: você agora per­tence à realeza; o Rei do universo está ao seu lado e você desfruta de Seu cuidado e atenção especiais, pois Ele nunca irá abandoná-lo. Todas as Suas promessas se destinam a você, sem restrições. De agora em diante você sabe que nunca estará sozinho novamente. Não mais medo. Você pode depender do Rei – para sempre. É a oportunidade de toda uma vida; então, por que não agarrar essa oportunidade e escolher ser batizado para se tornar filho do Rei?

Nosso legado: “Pelo batismo confessamos nossa fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo e testificamos nossa morte para o pecado e nosso propósito de andar em novidade de vida. Assim reconhecemos Cristo como Senhor e Salva­dor, tornamo‑nos seu povo e somos aceitos por sua igreja como membros. O batismo é um símbolo de nossa união com Cristo, do perdão de nossos pecados e do recebimento do Espírito Santo. É por imersão na água e depende de uma afirmação de fé em Jesus e da evidência de arrependimento do pecado. Segue-se à instrução nas Escrituras Sagradas e à aceitação de seus ensinos (Mt 28:19, 20; At 2:38; 16:30-33; 22:16; Rm 6:1-6; Gl 3:27; Cl 2:12, 13).” (Manual da Igreja, cap. 14, “Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia”, p. 171)4
Apelo: Você está cansado? Sente-se perdido? Deseja uma nova vida em Jesus? Deseja estudar mais sobre a graça salvadora do Senhor? Deseja arre­pender-se? Você crê em Jesus? Você não precisa ser perfeito para aceitar Jesus em sua vida. Não importa o que as pessoas pensam de você. Este é seu dia. Se você escolher fazer de Jesus o seu Senhor e Salvador, levante a mão, pois eu quero orar por você.

A PROMESSA DE DEUS PARA VOCÊ:
“Sem duvidar, mantenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porquanto quem fez a Promessa é fiel” (Hebreus 10:23).
“Seja a vossa vida desprovida de avareza. Alegrai-vos com tudo o que possuís; porque Ele mesmo declarou: ‘POR MOTIVO ALGUM TE ABANDONAREI, NUNCA TE DESAMPARAREI’” (Hebreus 13:5).

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