terça-feira, 25 de julho de 2017

4º DIA DA SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM:A igreja como um sacerdócio de todos os fiéis

Na noite de hoje, terça feira 25, deu-se continuidade a semana de Oração jovem   ao qual esta com a temática  Revolução.A reforma que mudou o mundo.Na ocasião  estão sendo abordados temas que nos levam a refletir sobre a pessoa de Cristo e seu grandioso amor.
Na 4º noite, a mensagem biblica foi transmitida pelo jovem Carlos Mick,o qual imbuído pelo espirito santo de Deus nos trouxe a mensagem:A igreja como um sacerdócio de todos os fiéis

A igreja como um sacerdócio de todos os fiéis

TODOS ESTAMOS UNIDOS EM UM — E TODOS SOMOS AMADOS POR DEUS!
Quem sou eu? Meu nome e o número de minha identificação estão no meu passaporte. É claro, o passaporte também contém uma foto minha. O nome foi dado por meus pais, o número de identificação foi determinado pelas autoridades. Nas compras on-line ou nas redes sociais, eu posso decidir meu nome de usuário. Posso escolher livremente e também acessar a conta com uma senha de minha escolha. Então,sou quem eu desejo ser; bem-sucedido e forte, inteligente e invencível, atraente
e interessante. Mas de fato quem sou eu? É o eu que eu gostaria de ser, aquele com quem sonho ser, enquanto suspiro observando os outros que parecem ter tudo o que eu sonho ter? Ou sou a pessoa da qual estou sempre fugindo? Aquela que me faz ficar exacerbado, porque subitamente não consigo me reconhecer em tudo o que penso ou faço? O que quer que façamos, essas perguntas nos acompanham por toda a vida.

CONTEXTO HISTÓRICO E INTERPRETAÇÃO DA PINTURA
Frequentemente, Lutero se fazia estas perguntas: Será que sou apenas um monge insignificante, da Alemanha ignorante, como os papas em Roma dizem que sou? Sou o líder de bandos de camponeses que depositaram todas suas esperanças em mim, em sua rebelião contra as normas da servidão opressiva? Sou um herói popular que é recebido pelas massas com grande entusiasmo porque exigi que a Igreja Católica Romana realizasse as reformas que também têm sido pedidas pela maioria dos príncipes alemães?

Naquela época, a sociedade era estritamente segregada em três classes sociais que se distinguiam prontamente em toda parte na vida pública. Havia os que tinham pouco ou nada, normalmente agricultores, camponesas e artesãos. Acima deles, estava o clero e os dirigentes religiosos e, por fim, a nobreza, como líderes seculares. Essas diferenças eram ainda mais visíveis em cada igreja: a nobreza tinha assento especial nos compartimentos reais, chamados de Schwalbennester (ou ninhos da andorinha). O clero tinha seu lugar na parte da frente da igreja, chamada de coro, com assentos requintadamente elaborados, denominados como cadeiras do coro. Todos os demais permaneciam em pé, na nave ou no hall principal. Era uma sociedade estritamente segregada. Por isso, muito raramente Lutero tinha permissão de visitar seu protetor, o Príncipe Frederico, o Sábio, embora vivessem apenas a um quilômetro de distância um do outro. Toda a sociedade, bem como a igreja, sofria sob essa segregação. A distinção de classes também determinava o que você tinha permissão de usar, bem como o que poderia comer. Tudo isso também formava o conceito que muitas pessoas naquela época tinham de Deus, porque a igreja e o clero proclamavam que essa era uma ordem dada por Deus e que ninguém tinha o direito de mudar – esse era seu destino!

Em 1520, Lutero publicou seu famoso tratado intitulado A Liberdade do Cristão. Ele apresentou uma nova ordem e modelo cristão da sociedade. Lutero declarou: “O cristão é um senhor libérrimo sobre tudo, a ninguém sujeito. O cristão é um servo oficiosíssimo de tudo, a todos sujeito”.1 À primeira vista, essa declaração parece contraditória e confusa. Mas com o conhecimento daquele então, essa declaração dialética foi um convite para o diálogo; destinada a provocar a discussão pública, podemos então melhor compreender porque Lutero escolheu esse tipo de declaração para introduzir uma de suas declarações centrais da Reforma a um amplo ciclo de pessoas cultas. A primeira declaração se refere à vida do cristão que foi libertado por Deus para viver uma nova vida; a segunda se refere à sua vida em relação a seus semelhantes. O cristão que foi aceito por Deus e, portanto, libertado, que já não mais se encontra em uma luta desesperada – e no fim quase sempre malsucedida – para se definir e afirmar, pode, finalmente, de fato ver e compreender as preocupações e necessidades dos outros. Ele não precisa mais se preocupar quanto ao significado e propósito de sua vida. Esse cristão é então liberto para servir seus semelhantes com criatividade livre e pode transmitir
o amor que ele mesmo recebeu de Deus. É assim que a igreja deveria ser.

É exatamente essa compreensão do amor de Deus e do conceito da igreja, de acordo com o ideal de Lutero, que Lucas Cranach pintou seu famoso Altar da Reforma. Aqui Cranach pintou uma mesa redonda, contrastando com as longas mesas nas quais as refeições eram servidas naqueles dias. A pessoa mais importante se sentava à cabeceira e a menos importante, a mais pobre, era banida para o
lugar mais inferior, ao pé da mesa. Na mesa redonda, não há cabeça ou pé. Todos são iguais. Até mesmo Judas, que já colocou um pé para fora, preparando-se para deixar a reunião, ainda está sentado perto de Jesus. Junto a Jesus, do outro lado, vemos o apóstolo João, e à direita da pintura, vemos Lutero. Ele não mais é retratado como um monge e como um professor universitário, mas como o “Junker Jörg” (Cavalheiro Jorge [seu pseudônimo]). Essa era a sua aparência enquanto vivia sob esse nome falso, no Castelo de Wartburg. Lutero está sentado como um cidadão comum com Jesus Cristo, à mesa da ceia. E Lucas Cranach, o jovem, está lhe entregando a taça com o vinho da comunhão. Cranach é retratado aqui usando asroupas de um nobre a fim de demonstrar que aos olhos de Deus não há diferenças na hierarquia social. Na presença de Jesus, não há o primeiro e o último, aristocratas ou cidadãos comuns, mas simplesmente filhos de Deus. A propósito, as outras pessoas à mesa da comunhão não são apenas personagens retratados ao acaso, com rostos anônimos. Eles são cidadãos bem conhecidos da cidade. Por exemplo, entre eles está o renomado publicador de livros, Melchior Loter, que imprimiu muitos escritos de Lutero. Na presença de Jesus, a igreja e a sociedade estão unidas.

COMO MARTINHO LUTERO ENTENDIA O SACERDÓCIO DE TODOS OS CRENTES:
Lutero via a igreja como um lugar onde as pessoas eram igualmente amadas a aceitas por Deus, independentemente de sua posição social. Não era necessário que você viesse de uma família influente, nem educada ou rica para fazer a diferença, tudo o que importava é que simplesmente vimos a Jesus. O melhor lugar para isso é quando a igreja se reúne para o culto – assim como os discípulos retratados na pintura da Santa Ceia, que se reuniram com Jesus. Esse é o fundamento da igreja cristã, no sentido do centro do poder que nos fortalece e a força motriz
que nos move como igreja.

Na dedicação da Igreja do Castelo, em Torgau, o primeiro edifício da nova igreja protestante, Martinho Lutero caracterizou o “culto” como um momento em que prestamos nosso culto a Deus e este também presta assistência aos seres humanos. Por exemplo, em seu sermão ele descreveu a igreja como sendo consagrada a Jesus Cristo com o único propósito de ser um lugar onde o Senhor podia falar por intermédio do Espírito Santo às pessoas ali reunidas, enquanto elas falavam com Ele em suas orações e cantos de louvor.

Nos cultos de adoração da igreja, diferentes pessoas se reuniam, indo das pouco instruídas aos que tinham grandes responsabilidades no trabalho e na sociedade. São pessoas que sempre viveram ali, bem como refugiados de outros países – isso é a igreja. Mas no culto, Deus não faz diferença e fala a cada um de nós sem discriminação. Todos podemos compreendê-Lo. E respondemos juntos,
em uma só voz, quando cantamos e oramos. Parecia como se o mundo tivesse sido virado de cabeça para baixo. Mas seja o que for que pode nos separar: idade, gêneros, nacionalidade, riqueza e posses, educação, etc., na igreja, todos nos unimos como um corpo porque Deus nos ama e criou cada um de nós. Esse é um tipo de liberdade totalmente novo, a dádiva da liberdade que vem do Evangelho.

Essa liberdade era algo que Lutero havia experimentado. Na verdade, seu nome de batismo foi “Martin Luder”. Porém, no alemão, o último nome não soava bem: pelo contrário, designava alguém de reputação muito questionável. É por isso que, seguindo o costume da época, Lutero posteriormente passou a usar outro nome. Por volta de 1512, ele começou a se chamar de “Eleutherios”. Originalmente, a palavra vem do grego, a língua do Novo Testamento, e significa “aquele que é livre”. Posteriormente, passou a usar a forma abreviada, chamando-se de “Luther” (Lutero). Esse novo nome era um indício de sua nova vida com Cristo. Ele fora libertado, havia experimentado o Evangelho em sua vida e buscava a companhia de outros que passaram pela mesma experiência.

COMO TODOS PODEMOS NOS UNIR E SER UM
Alguma vez você encontrou alguém que de imediato você soube que era cristão? Bem, isso se deve ao fato de que a verdadeira unidade cristã se baseia no princípio da nova vida em Cristo. Ele se baseia no que não se pode ver, no corpo espiritual de Cristo, formado de crentes, não uma denominação, mas todos os crentes no mundo.

“O que é nascido da carne é carne; mas o que nasce do Espírito é espírito. Não te surpreendas pelo fato de Eu te haver dito: ‘deveis nascer de novo’” (João 3:6-7).

No texto acima, vemos Jesus dizendo a Nicodemos que ele deveria nascer de novo. O Espírito Santo é o agente desse novo nascimento. Sem o Espírito Santo não podemos pertencer a Cristo (ver Romanos 8:9). É o chamado de Deus que nos une em um corpo através de um Espírito.

A igreja é o lugar onde podemos sentir, de forma especial, que Jesus está ao nosso lado. Estou certo de que você também já teve seu coração profundamente tocado por um hino, por um sermão, por uma discussão na Escola Sabatina ou, simplesmente, por estar na companhia de outros membros da igreja. Nesses momentos,parece que Jesus estava ali entre vocês. Foi exatamente isso que Ele pretendia quando fundou a igreja. Seus discípulos também passaram por essa experiência.

Talvez você diga: esse é o meu sonho, mas na igreja minha experiência é muito diferente. Há disputas e lutas por influência, poder e cargos oficiais. Sinto que as pessoas não me levam a sério, nem os meus questionamentos. Desejo muito experimentar a amizade com Jesus, mas sinto tão pouco desse amor na igreja. Infelizmente, algumas vezes isso é verdade. E então é como dirigir um carro com o freio de mão puxado. Se você ainda não passou por isso, pode tentar e ver como é. Se o freio não for liberado, será difícil avançar com o veículo. Você sente que algo o está segurando. Em algum momento os pneus começam a soltar fumaça e você sente um cheiro acre. Como você detecta o problema? As rodas não giram livremente e o resultado é que o funcionamento perfeito do carro se torna nada mais do que um enorme peso.

Então, qual é a solução? É aprender a primeira lição que o evangelho nos ensina! Todos estamos unidos como um no amor de Deus e na graça que Ele livremente dá a todos os que creem. A unidade entre os crentes é uma questão importante na Bíblia. Ela era tão importante para Jesus que Ele orou por isso pouco antes de morrer na cruz.

Tendo dito essas palavras aos seus discípulos, Jesus levantou seus olhos para o céu e orou: “Pai, é chegada a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique, assim como lhe outorgaste autoridade sobre toda a carne, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida
eterna é esta: que te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. [...] para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste. Eu lhes tenho transferido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos” (João 17:1-3, 21-22).

Paulo nos lembra de que é o Senhor que prepara nosso coração para responder ao evangelho com a fé que salva. Consideremos dois textos bíblicos:

Pois Ele nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas em função da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi outorgada em Cristo Jesus desde os tempos eternos - (2 Timóteo 1:9).

Uma das mulheres que nos ouviam era temente a Deus e chamava-se Lídia, vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. E aconteceu que o Senhor lhe abriu o coração para acolher a mensagem pregada por Paulo - (Atos 16:14).

Para enaltecer a unidade na fé, devemos compreender sua importância. Devemos praticar as qualidades que a preservam. Devemos nos esforçar para protegê-la e preservá-la. Ela era tão importante para Cristo que Ele morreu para nós pudéssemos tê-la! Todos os verdadeiros crentes recebem a salvação oferecida por Cristo como o dom gratuito, o dom do amor. Se você sabe que é amado, você também se ama e é livre para crescer e se desenvolver na pessoa que você realmente é. Se você sabe que é amado, você também tem a liberdade de amar os outros incondicionalmente, assim como Deus nos ama incondicionalmente. Em nossa caminhada diária de fé, crescemos e amadurecemos como cristãos e em nosso amor uns pelos outros, e também experimentaremos a unidade da fé.

Paulo fala a respeito dela em Efésios 4:13 (itálico acrescentado): “Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo”. Ela se torna mais forte à medida que crescemos na fé. Essa é a unidade que mantemos plenamente quando vemos Jesus, a esperança de nossa salvação.

É por isso que, como cristãos, cantamos: “Oh! Que esperança!”

Oh! Que esperança vibra em nosso ser,
Pois aguardamos o Senhor!
Fé possuímos, que Jesus nos dá,
Fé na promessa que nos fez.
Eis que o tempo logo vem,
E as nações daqui e além
Bem alerta vão cantar:
Aleluia! Cristo é Rei!
Oh! Que esperança vibra em nosso ser,
Pois Aguardamos o Senhor. (HA, 469)

NOSSO LEGADO
A igreja reúne todos os tipos de pessoas de vários contextos. Quando os membros focam em Jesus, pode ser sentida a unidade e a irmandade. Ellen White explica o segredo da verdadeira unidade: “O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço para vencer dificuldades — embora haja muito disto a ser feito — mas a união com Cristo. Quanto mais perto nos achegamos de Cristo, mais perto estaremos uns dos outros. Deus é glorificado quando Seu povo se une em ação harmoniosa” (O Lar Adventista, p. 179). Na casa de Deus todos são iguais. Todos somos filhos do mesmo Deus. Odiar e rejeitar uns aos outros é odiar ou rejeitar a imagem de Deus na outra pessoa. Portanto, o amor e a paz, a harmonia e o decoro, a ordem e a estrutura são valores e ideais altamente estimados para que a missão ocorra, assegurando que seguiremos unidos na comissão dada por Jesus – nossa atividade principal. Apreciar a companhia dos crentes deve ir além da mera frequência. O envolvimento total na vida e missão da igreja ajudará a unir a igreja.

Nosso legado: “A igreja é a comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Em continuidade do povo de Deus nos tempos do Antigo Testamento, somos chamados para fora do mundo; e nos unimos para prestar culto, para comunhão, para instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para o serviço a toda a humanidade e para a proclamação mundial do evangelho. A igreja recebe sua autoridade de Cristo, o qual é a Palavra encarnada revelada nas Escrituras. A igreja é a família de Deus; adotados por Ele como filhos, seus membros vivem com base no novo concerto. A igreja é o corpo de Cristo, uma comunidade de fé, da qual o próprio Cristo é a cabeça. A igreja é a noiva pela qual Cristo morreu para que pudesse santificá-la e purificá-la. Em sua volta triunfal, Ele a apresentará a si mesmo igreja gloriosa, os fiéis de todos os séculos, a aquisição de seu sangue, sem mácula, nem ruga, porém santa e sem defeito (Gn 12:1-3; Êx 19:3-7; Mt 16:13-20; 18:18; 28:19, 20; At 2:38-42; 7:38; 1Co 1:2; Ef 1:22, 23; 2:19-22; 3:8-11; 5:23-27; Cl 1:17, 18; 1Pe 2:9)”.3

A PROMESSA DE DEUS PARA VOCÊ:
Jesus orou para que você fosse unido com Ele assim como Ele é unido com o Pai. Leia João 17:20-26:

Não oro somente por estes discípulos, mas igualmente por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste. Eu lhes tenho transferido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos: Eu neles e Tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Pai, eu desejo que os que me deste estejam comigo onde Eu estou e contemplem a minha glória, a glória que me outorgaste porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te tem conhecido; Eu, porém, te conheci, assim como estes entenderam que Tu me enviaste. Eu lhes dei a conhecer o teu Nome e ainda continuarei a revelá-lo, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e Eu neles esteja.

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