quinta-feira, 27 de julho de 2017

6º DIA DA SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM 2017:A confissão de meu pecado e culpa (sola fide)

Hoje, quinta feira 27, 6°Dia da Semana de Oração Jovem 2017, com o irmão Tércio em louvor e adoração a Deus, e o jovem Danilo Oliveira trazendo-nos a mensagem bíblica: A confissão do meu pecado e culpa.
Isaías: 43. 25. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro. 



A confissão de meu pecado e culpa (sola fide)


ABSOLVIÇÃO TOTAL — FINALMENTE LIVRE DA
CULPA E DA DÍVIDA!
A grande pergunta na mente das pessoas durante a Idade Média era como lidar com a culpa. Provavelmente, hoje ainda seja a mesma. Talvez já não falemos muito disso agora, mas sobrecarregamos as companhias de planos de saúde e os médicos com nossas preocupações. Muitas doenças têm causas psicossomáticas, o que significa que as causas fundamentais se encontram mais na forma como vemos a vida do que naquilo que poderíamos mudar com nosso estilo de vida saudável. Por exemplo, quando surgem problemas, dizemos: “Meu estômago dói” ou “isso está me tirando o sono”, o que, por fim, pode levar a um câncer no es­tômago ou a noites insones que aparentemente somente conseguimos combater com medicação. Aquilo que nos sobrecarrega nos destrói e rouba-nos a alegria. Uma dessas coisas é o sentimento de culpa que não conseguimos esquecer.
Na Idade Média, frequentemente a culpa era tornada pública – as pessoas eram humilhadas publicamente ao serem postas em correntes ou em troncos. Se a sua culpa pudesse ser provada, então essa punição significava ser excluído da sociedade, pelo menos por certo tempo, se não para toda a vida. Se você tivesse “sorte”, seria “sentenciado” para ir a uma peregrinação à Terra Santa, na Palestina. Porém, em muitos casos, isso acabava sendo uma sentença de morte. Ainda, ou­tros ficavam marcados para toda a vida como resultado das medidas tomadas pela Inquisição. Qualquer que fosse o caso, os ofensores ou outros acusados de serem, eram marcados como criminosos. Eram tratados como proscritos na sociedade, trancados fora da segurança dos portões da cidade; não havia segurança para eles.

CONTEXTO HISTÓRICO E INTERPRETAÇÃO DA PINTURA

Quando Lutero compareceu diante da Dieta de Worms, ele já era um fugi­tivo. Já havia sido banido pelo papa, declarando-o assim, publicamente, como herege que tinha perdido o direito de viver. Depois de testemunhar na Dieta de Worms, em 18 de abril de 1521, o imperador também o condenou como um criminoso e o colocou sob banimento imperial. Isso significa que quem quer que o encontrasse poderia entregá-lo às autoridades, ou simplesmente matá-lo no local, sem que isso fosse considerado crime. Assim sendo, Lutero também fazia parte dos excluídos da sociedade. É por isso que ele teve que permanecer escon­dido no Castelo de Wartburg, nos meses seguintes, a fim de que a poeira abaixas­se um pouco, pelo menos era isso que seu defensor, Príncipe Frederico, esperava.

No painel à direita do Altar da Reforma, há uma representação do perdão dos pecados. Vemos Johannes Bugenhagen, amigo de Lutero e seu sucessor como pastor da igreja de Wittenberg, e como reformador no norte da Alemanha, na Pomerânia e Dinamarca, ajoelhado diante do púlpito. O pastor está ajoelhado diante de toda a congregação e diante de Deus, juntamente com outra pessoa que humildemente in­clina a cabeça. A cena parece estar mostrando uma pessoa fazendo confissão e dizen­do: “Deus, tem misericórdia de mim pecador”. Então o pastor pode assegurar-lhe da promessa de Deus de perdoar o pecado, como descrito em Isaías 43:25: “Sou Eu, Eu mesmo, aquele que apaga tuas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de teus erros e pecados”. Mas há ainda mais para se ver na pintura: Bugenhagen, o pastor, segura uma chave sobre a cabeça do pecador arrependido de seus pecados.

Na Idade Média, esse era um símbolo do “poder das chaves” dadas a Pedro. Conforme Mateus 16:19, acreditava-se que a chave que garantia o perdão e, portanto, a entrada no Reino de Deus, tinha sido dada a Pedro e aos papas e que somente eles tinham essa autoridade. Mas na nova igreja protestante, o papa não mais tinha qualquer autoridade. Vemos aqui que aqueles que receberiam o perdão por seus pecados, eram os que pediam perdão a Deus com o coração arre­pendido. Realmente um contraste com o nobre mostrado à direita do retrato. A expressão desconfiada no rosto, com sobrancelhas proeminentes e olhos escuros deixa claro que ele não sente remorso e que o perdão não lhe interessa. É por isso que ele está se afastando do altar, se afastando da congregação. Ele não receberá o perdão. Seu fardo de culpa seguirá pesando sobre ele.

O pintor também destaca essa diferença com as cores. A cor amarela era con­siderada a cor de Judas, que é também como Cranach o pintou na cena do painel do meio, a cor dos hereges e pecadores. E aqui o nobre com sobrancelhas escuras também está usando uma roupa interior amarela. No íntimo, ele segue cheio do pecado. Não experimenta a alegria e a libertação dadas pelo perdão. E, por fim, ele até mesmo deixa a igreja que poderia ajudá-lo a encontrar um novo começo.

COMO MARTINHO LUTERO EXPERIMENTOU O PERDÃO

A questão do perdão para o pecado e a culpa era fundamental na Reforma. Foi a questão que levou Martinho Lutero ao entendimento decisivo que deu início à Re­forma. Essa questão não perdeu sua significância nos anos posteriores. Mas quando sentimos o quão libertador é saber que Jesus perdoou nossos pecados, não quer dizer que recebemos um cheque em branco para seguirmos pecando no futuro. É por isso que em Romanos 6:12-15 lemos: “Portanto, não permitais que o pecado domine vosso corpo mortal, forçando-vos a obedecerdes às suas vontades. Tampouco, entre­gais os membros do vosso corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; antes consagrai-vos a Deus com quem fostes levantados da morte para a vida; e ofereçais os vossos membros do corpo a Ele, como instrumentos de justiça. Porquanto o pecado não poderá exercer domínio sobre vós, pois não estais debaixo da Lei, mas debaixo da Graça! Que resposta dar? Vamos nos atirar ao pecado porque não estamos sob o jugo da Lei, mas sob o poder da lei da Graça? Não! De forma alguma”.

Lutero sabia que temos que lutar com o pecado todos os dias. E mesmo se ti­véssemos vivido com Jesus por muitos anos, ninguém pode dizer aqui e agora que o pecado não mais exerceria influência em sua vida. E mesmo se tivéssemos vivi­do com Jesus por muitos anos e estivéssemos na esfera de Seu poder, infelizmente o diabo ainda não está morto. Por favor, leia o que João diz em 1 João 2:1-6:

Caros filhinhos, estas palavras vos escrevo para que não pequeis. Se, entretan­to, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente por nossas ofensas pessoais, mas pelos pecados de todo o mundo. Em Cristo e separados do mundo.

E temos certeza de que o conhecemos, se guardamos seus mandamentos. Aquele que afirma: “Eu o conheço”, e não obedece aos seus mandamen­tos, é mentiroso e a verdade não está nele; mas todo o que guarda a sua Palavra, neste o amor de Deus tem verdadeiramente se aperfeiçoado. E dessa forma sabemos que estamos nele. Quem declara que permanece nele também deve andar como Ele andou.

Para Lutero, era essencial que todos compreendessem a importância de pedir perdão a Deus, a cada dia. Em sua própria experiência, ele tinha consciência de seus erros diante dos padrões de Deus de obediência e justiça, quer devido à fraqueza ou ao pecado enraizado.

(É nisso que crerei, atribuído a Martinho Lutero)

Devido ao pecado e fraquezas inatos, é-me impossível cumprir o padrão requerido pela justiça de Deus.

Se não me for permitido crer que Deus, através de Cristo, perdoa meus erros pelos quais me arrependo diariamente, então toda minha esperança se esvai.

Devo entrar em desespero. Mas recuso-me a isso. Não faço como Judas que se enforcou em uma árvore. Antes, penduro-me ao pescoço ou aos pés de Cristo, como a mulher pecadora. E embora eu seja pior do que ela, apego-me firmemente ao meu Senhor.

Então Ele diz ao Pai: “Essa coisa pendurada em mim também deve ter permissão de entrar. Ainda que seja verdade que ele não guardou e trans­grediu todos Teus mandamentos. Mas, Pai, ele se apegou a Mim. Para que serve! Eu morri por ele. Deixa-o entrar”.

É nisso que crerei.

Embora seja doloroso perceber que por nós mesmos não podemos ter mérito dian­te de Deus, há ainda algo que permanece: a fé, para confiar em Jesus. Porque Ele mor­reu, podemos reivindicar Seu sacrifício para nós. Nada mais importa aos olhos de Deus além da fé (sola fide). Mesmo depois de muitos anos como um dos líderes mais impor­tantes da Reforma, no século 16, Martinho Lutero ainda teve que confessar que nem seu conhecimento ou experiência ou destemido testemunho na Dieta de Worms, nem todos seus anos de ensino na Universidade tinham qualquer mérito aos olhos de Deus.

COMO PODEMOS VIVER SEM O SENTIMENTO DE CULPA.

Para nós é natural falar de nossos sucessos e do que podemos fazer bem; al­guns de nós realmente somos especialistas em falar dessa forma e não há proble­mas. Algumas pessoas são tão boas que suas realizações ficam bem acima da mé­dia. Elas têm grandes possibilidades de encontrar empregos bem remunerados e viver uma vida sem muitas preocupações. Ah se fosse fácil assim! A despeito de todas as apólices de seguro, o dinheiro não pode comprar a garantia de uma vida feliz, e nenhuma companhia de seguros oferece uma apólice que cubra isso. Então, o que podemos fazer?

O mesmo se dá com o amor, tudo o que podemos fazer, pela fé, é confiar. Exige muita coragem admitir nossa culpa e erros. Preferiríamos dar uma inter­pretação diferente para as coisas. Definitivamente, somos especialistas em inven­tar desculpas e mentiras inofensivas! Claro, a outra pessoa sempre é a verdadeira culpada, não nós! Para nós, é tremendamente difícil dizer: “Sim, a culpa é minha, não dos outros! Sem desculpas!” Sem falar da disposição de corrigir nossos erros, se possível. Essa é uma das coisas mais difíceis de fazer, mas também uma das mais belas experiências que se pode ter como filho de Deus.

O rei Davi passou exatamente por essa experiência nos dias do Antigo Tes­tamento. Ele a descreve no Salmo 32. Vale a pena ler várias vezes esse Salmo, porque parece descrever nossa vida. “Então eu te confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus pecados” (Salmo 32:5, NTLH). Finalmente, estou livre, nada mais pesa sobre mim. Então, só nos resta fazer uma coisa: regozijarmo-nos! E todo o Céu se alegra com cada um de nós que passa por essa experiência.

NOSSO LEGADO

O sentimento de culpa é real. Ele deve ser contido pelo sentimento de liberdade em Jesus. Sim, é natural sentir culpa. O verdadeiro arrependimento e o coração con­trito irão lidar com ele. Ellen White afirma que Jesus levou sobre Si a nossa culpa: “Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de que nos redimisse da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava-Lhe sobre a alma. [...] Mas agora, com o terrível peso de culpas que carrega, não pode ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, pe­netrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física” (O Desejado de Todas as Nações, p. 532).1 A compreensão correta do ministério de Jesus no santuário celestial ajudará a compreender e descobrir as profundezas do amor de Cristo.

Nosso legado: “Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não seres humanos. Nele Cristo ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de seu sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas na cruz. Em sua ascensão, Ele foi empossado como nosso grande sumo sacerdote e começou seu ministério intercessor, que foi tipificado pela obra do sumo sacer­dote no lugar santo do santuário terrestre. Em 1844, no fim do período profético dos 2.300 dias, Ele iniciou a segunda e última etapa de seu ministério expiatório, que foi tipificado pela obra do sumo sacerdote no lugar santíssimo do santuário terrestre. É uma obra de juízo investigativo, a qual faz parte da eliminação final de todo pecado, prefigurada pela purificação do antigo santuário hebraico, no Dia da Expiação. Nesse serviço típico, o santuário era purificado com o sangue de sacri­fícios de animais, mas as coisas celestiais são purificadas com o perfeito sacrifício do sangue de Jesus. O juízo investigativo revela aos seres celestiais quem dentre os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nele, considerado digno de ter parte na primeira ressurreição. Também torna manifesto quem, dentre os vivos, permanece em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, estando, portanto, nele, preparado para a trasladação a seu reino eterno. Este julgamento vindica a jus­tiça de Deus em salvar os que creem em Jesus. Declara que os que permaneceram leais a Deus receberão o reino. A terminação do ministério de Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os seres humanos, antes do segundo advento (Lv 16;
Nm 14:34; Ez 4:6; Dn 7:9-27; 8:13, 14; 9:24-27; Hb 1:3; 2:16, 17; 4:14-16; 8:1-5; 9:11-28; 10:19-22; Ap 8:3-5; 11:19; 14:6, 7, 12; 20:12; 22:11, 12)”.2


A PROMESSA DE DEUS PARA VOCÊ:

Se, com tua boca, confessares que Jesus é Senhor, e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo!” (Romanos 10:9).

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