Hoje, quinta feira 27, 6°Dia da Semana de Oração Jovem 2017, com o irmão Tércio em louvor e adoração a Deus, e o jovem Danilo Oliveira trazendo-nos a mensagem bíblica: A confissão do meu pecado e culpa.
Isaías: 43. 25. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.
A confissão de meu pecado e culpa (sola fide)
ABSOLVIÇÃO
TOTAL — FINALMENTE LIVRE DA
CULPA
E DA DÍVIDA!
A grande
pergunta na mente das pessoas durante a Idade Média era como lidar com a culpa.
Provavelmente, hoje ainda seja a mesma. Talvez já não falemos muito disso
agora, mas sobrecarregamos as companhias de planos de saúde e os médicos com
nossas preocupações. Muitas doenças têm causas psicossomáticas, o que significa
que as causas fundamentais se encontram mais na forma como vemos a vida do que
naquilo que poderíamos mudar com nosso estilo de vida saudável. Por exemplo,
quando surgem problemas, dizemos: “Meu estômago dói” ou “isso está me tirando o
sono”, o que, por fim, pode levar a um câncer no estômago ou a noites insones
que aparentemente somente conseguimos combater com medicação. Aquilo que nos
sobrecarrega nos destrói e rouba-nos a alegria. Uma dessas coisas é o
sentimento de culpa que não conseguimos esquecer.
Na
Idade Média, frequentemente a culpa era tornada pública – as pessoas eram
humilhadas publicamente ao serem postas em correntes ou em troncos. Se a sua
culpa pudesse ser provada, então essa punição significava ser excluído da
sociedade, pelo menos por certo tempo, se não para toda a vida. Se você tivesse
“sorte”, seria “sentenciado” para ir a uma peregrinação à Terra Santa, na
Palestina. Porém, em muitos casos, isso acabava sendo uma sentença de morte.
Ainda, outros ficavam marcados para toda a vida como resultado das medidas
tomadas pela Inquisição. Qualquer que fosse o caso, os ofensores ou outros
acusados de serem, eram marcados como criminosos. Eram tratados como proscritos
na sociedade, trancados fora da segurança dos portões da cidade; não havia
segurança para eles.
CONTEXTO HISTÓRICO E INTERPRETAÇÃO DA PINTURA
Quando Lutero compareceu diante da Dieta de Worms, ele já era
um fugitivo. Já havia sido banido pelo papa, declarando-o assim, publicamente,
como herege que tinha perdido o direito de viver. Depois de testemunhar na
Dieta de Worms, em 18 de abril de 1521, o imperador também o condenou como um
criminoso e o colocou sob banimento imperial. Isso significa que quem quer que
o encontrasse poderia entregá-lo às autoridades, ou simplesmente matá-lo no local,
sem que isso fosse considerado crime. Assim sendo, Lutero também fazia parte
dos excluídos da sociedade. É por isso que ele teve que permanecer escondido
no Castelo de Wartburg, nos meses seguintes, a fim de que a poeira abaixasse
um pouco, pelo menos era isso que seu defensor, Príncipe Frederico, esperava.
No painel à direita do Altar da Reforma, há uma representação
do perdão dos pecados. Vemos Johannes Bugenhagen, amigo de Lutero e seu
sucessor como pastor da igreja de Wittenberg, e como reformador no norte da
Alemanha, na Pomerânia e Dinamarca, ajoelhado diante do púlpito. O pastor está
ajoelhado diante de toda a congregação e diante de Deus, juntamente com outra
pessoa que humildemente inclina a cabeça. A cena parece estar mostrando uma
pessoa fazendo confissão e dizendo: “Deus, tem misericórdia de mim pecador”.
Então o pastor pode assegurar-lhe da promessa de Deus de perdoar o pecado, como
descrito em Isaías 43:25: “Sou Eu, Eu mesmo, aquele que apaga tuas
transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de teus erros e
pecados”. Mas há ainda mais para se ver na pintura: Bugenhagen, o pastor,
segura uma chave sobre a cabeça do pecador arrependido de seus pecados.
Na
Idade Média, esse era um símbolo do “poder das chaves” dadas a Pedro. Conforme
Mateus 16:19, acreditava-se que a chave que garantia o perdão e, portanto, a
entrada no Reino de Deus, tinha sido dada a Pedro e aos papas e que somente
eles tinham essa autoridade. Mas na nova igreja protestante, o papa não mais
tinha qualquer autoridade. Vemos aqui que aqueles que receberiam o perdão por
seus pecados, eram os que pediam perdão a Deus com o coração arrependido.
Realmente um contraste com o nobre mostrado à direita do retrato. A expressão
desconfiada no rosto, com sobrancelhas proeminentes e olhos escuros deixa claro
que ele não sente remorso e que o perdão não lhe interessa. É por isso que ele
está se afastando do altar, se afastando da congregação. Ele não receberá o
perdão. Seu fardo de culpa seguirá pesando sobre ele.
O pintor também destaca essa diferença com as cores. A cor
amarela era considerada a cor de Judas, que é também como Cranach o pintou na
cena do painel do meio, a cor dos hereges e pecadores. E aqui o nobre com
sobrancelhas escuras também está usando uma roupa interior amarela. No íntimo,
ele segue cheio do pecado. Não experimenta a alegria e a libertação dadas pelo
perdão. E, por fim, ele até mesmo deixa a igreja que poderia ajudá-lo a
encontrar um novo começo.
COMO MARTINHO LUTERO EXPERIMENTOU O PERDÃO
A questão do perdão para o pecado e a culpa era fundamental
na Reforma. Foi a questão que levou Martinho Lutero ao entendimento decisivo
que deu início à Reforma. Essa questão não perdeu sua significância nos anos
posteriores. Mas quando sentimos o quão libertador é saber que Jesus perdoou
nossos pecados, não quer dizer que recebemos um cheque em branco para seguirmos
pecando no futuro. É por isso que em Romanos 6:12-15 lemos: “Portanto, não
permitais que o pecado domine vosso corpo mortal, forçando-vos a obedecerdes às
suas vontades. Tampouco, entregais os membros do vosso corpo ao pecado, como
instrumentos de iniquidade; antes consagrai-vos a Deus com quem fostes
levantados da morte para a vida; e ofereçais os vossos membros do corpo a Ele,
como instrumentos de justiça. Porquanto o pecado não poderá exercer domínio
sobre vós, pois não estais debaixo da Lei, mas debaixo da Graça! Que resposta
dar? Vamos nos atirar ao pecado porque não estamos sob o jugo da Lei, mas sob o
poder da lei da Graça? Não! De forma alguma”.
Lutero
sabia que temos que lutar com o pecado todos os dias. E mesmo se tivéssemos
vivido com Jesus por muitos anos, ninguém pode dizer aqui e agora que o pecado
não mais exerceria influência em sua vida. E mesmo se tivéssemos vivido com
Jesus por muitos anos e estivéssemos na esfera de Seu poder, infelizmente o
diabo ainda não está morto. Por favor, leia o que João diz em 1 João 2:1-6:
Caros
filhinhos, estas palavras vos escrevo para que não pequeis. Se, entretanto,
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e Ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente por nossas ofensas pessoais, mas
pelos pecados de todo o mundo. Em Cristo e separados do mundo.
E
temos certeza de que o conhecemos, se guardamos seus mandamentos. Aquele que
afirma: “Eu o conheço”, e não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso e a
verdade não está nele; mas todo o que guarda a sua Palavra, neste o amor de
Deus tem verdadeiramente se aperfeiçoado. E dessa forma sabemos que estamos
nele. Quem declara que permanece nele também deve andar como Ele andou.
Para
Lutero, era essencial que todos compreendessem a importância de pedir perdão a
Deus, a cada dia. Em sua própria experiência, ele tinha consciência de seus
erros diante dos padrões de Deus de obediência e justiça, quer devido à
fraqueza ou ao pecado enraizado.
(É
nisso que crerei, atribuído a Martinho
Lutero)
Devido
ao pecado e fraquezas inatos, é-me impossível cumprir o padrão requerido pela
justiça de Deus.
Se
não me for permitido crer que Deus, através de Cristo, perdoa meus erros pelos
quais me arrependo diariamente, então toda minha esperança se esvai.
Devo
entrar em desespero. Mas recuso-me a isso. Não faço como Judas que se enforcou
em uma árvore. Antes, penduro-me ao pescoço ou aos pés de Cristo, como a mulher
pecadora. E embora eu seja pior do que ela, apego-me firmemente ao meu Senhor.
Então
Ele diz ao Pai: “Essa coisa pendurada em mim também deve ter permissão de
entrar. Ainda que seja verdade que ele não guardou e transgrediu todos Teus
mandamentos. Mas, Pai, ele se apegou a Mim. Para que serve! Eu morri por ele.
Deixa-o entrar”.
É
nisso que crerei.
Embora
seja doloroso perceber que por nós mesmos não podemos ter mérito diante de
Deus, há ainda algo que permanece: a fé, para confiar em Jesus. Porque Ele morreu,
podemos reivindicar Seu sacrifício para nós. Nada mais importa aos olhos de
Deus além da fé (sola fide). Mesmo depois de muitos anos como um dos
líderes mais importantes da Reforma, no século 16, Martinho Lutero ainda teve
que confessar que nem seu conhecimento ou experiência ou destemido testemunho
na Dieta de Worms, nem todos seus anos de ensino na Universidade tinham
qualquer mérito aos olhos de Deus.
COMO
PODEMOS VIVER SEM O SENTIMENTO DE CULPA.
Para
nós é natural falar de nossos sucessos e do que podemos fazer bem; alguns de
nós realmente somos especialistas em falar dessa forma e não há problemas.
Algumas pessoas são tão boas que suas realizações ficam bem acima da média.
Elas têm grandes possibilidades de encontrar empregos bem remunerados e viver
uma vida sem muitas preocupações. Ah se fosse fácil assim! A despeito de todas
as apólices de seguro, o dinheiro não pode comprar a garantia de uma vida
feliz, e nenhuma companhia de seguros oferece uma apólice que cubra isso.
Então, o que podemos fazer?
O
mesmo se dá com o amor, tudo o que podemos fazer, pela fé, é confiar. Exige
muita coragem admitir nossa culpa e erros. Preferiríamos dar uma interpretação
diferente para as coisas. Definitivamente, somos especialistas em inventar
desculpas e mentiras inofensivas! Claro, a outra pessoa sempre é a verdadeira
culpada, não nós! Para nós, é tremendamente difícil dizer: “Sim, a culpa é
minha, não dos outros! Sem desculpas!” Sem falar da disposição de corrigir
nossos erros, se possível. Essa é uma das coisas mais difíceis de fazer, mas
também uma das mais belas experiências que se pode ter como filho de Deus.
O
rei Davi passou exatamente por essa experiência nos dias do Antigo Testamento.
Ele a descreve no Salmo 32. Vale a pena ler várias vezes esse Salmo, porque
parece descrever nossa vida. “Então eu te confessei o meu pecado e não escondi
a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus
pecados” (Salmo 32:5, NTLH). Finalmente, estou livre, nada mais pesa sobre mim.
Então, só nos resta fazer uma coisa: regozijarmo-nos! E todo o Céu se alegra
com cada um de nós que passa por essa experiência.
NOSSO
LEGADO
O
sentimento de culpa é real. Ele deve ser contido pelo sentimento de liberdade
em Jesus. Sim, é natural sentir culpa. O verdadeiro arrependimento e o coração
contrito irão lidar com ele. Ellen White afirma que Jesus levou sobre Si a
nossa culpa: “Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a
iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de que nos
redimisse da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava-Lhe
sobre a alma. [...] Mas agora, com o terrível peso de culpas que carrega, não
pode ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do
Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor
que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia,
que Ele mal sentia a dor física” (O Desejado de Todas as Nações, p.
532).1 A compreensão correta do ministério de Jesus no
santuário celestial ajudará a compreender e descobrir as profundezas do amor de
Cristo.
Nosso
legado: “Há um santuário no Céu, o
verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não seres humanos. Nele Cristo
ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de seu
sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas na cruz. Em sua ascensão, Ele
foi empossado como nosso grande sumo sacerdote e começou seu ministério
intercessor, que foi tipificado pela obra do sumo sacerdote no lugar santo do
santuário terrestre. Em 1844, no fim do período profético dos 2.300 dias, Ele
iniciou a segunda e última etapa de seu ministério expiatório, que foi tipificado
pela obra do sumo sacerdote no lugar santíssimo do santuário terrestre. É uma
obra de juízo investigativo, a qual faz parte da eliminação final de todo
pecado, prefigurada pela purificação do antigo santuário hebraico, no Dia da
Expiação. Nesse serviço típico, o santuário era purificado com o sangue de
sacrifícios de animais, mas as coisas celestiais são purificadas com o
perfeito sacrifício do sangue de Jesus. O juízo investigativo revela aos seres
celestiais quem dentre os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nele,
considerado digno de ter parte na primeira ressurreição. Também torna manifesto
quem, dentre os vivos, permanece em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e
a fé de Jesus, estando, portanto, nele, preparado para a trasladação a seu
reino eterno. Este julgamento vindica a justiça de Deus em salvar os que creem
em Jesus. Declara que os que permaneceram leais a Deus receberão o reino. A
terminação do ministério de Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os
seres humanos, antes do segundo advento (Lv 16;
Nm
14:34; Ez 4:6; Dn 7:9-27; 8:13, 14; 9:24-27; Hb 1:3; 2:16, 17; 4:14-16; 8:1-5;
9:11-28; 10:19-22; Ap 8:3-5; 11:19; 14:6, 7, 12; 20:12; 22:11, 12)”.2
A
PROMESSA DE DEUS PARA VOCÊ:
“Se, com tua boca, confessares que Jesus é Senhor, e
creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo!”
(Romanos 10:9).
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