Dando continuidade a semana de Oração
Jovem, a terceira noite foi de adoração e muitos louvores ao Deus Altissimo.O
jovem Danilo elevou sua voz em louvor ao soberano Deus e merecedor de
toda honra e glorias.
A mensagem da noite foi transmitida pelo
Jovem Felipe, que nos trouxe o tema:Cristo como o centro de nossa vida
(solus Christus)
Cristo como o centro de nossa
vida (solus Christus)
EU ESCOLHI VOCÊ—PARA SEMPRE E
SEMPRE!
Quando foi a última vez que você
orou? A oração fortalece seu coração ou o deixa com um sentimento de vazio?
Você segue orando porque isso o leva à presença de Deus ou simplesmente porque
sabe que é uma boa prática, embora não necessariamente impacte a sua vida? Será
que a oração é um exercício rotineiro, no qual você sempre repete as mesmas
palavras? Será que sua oração, na verdade, não é só uma lista de compras; e,
quando chega o momento de falar das orações respondidas, você simplesmente
espera que acabe rápido, porque já faz muito tempo que você teve alguma
experiência com Deus? Se é assim que você se sente, então vejamos como Martinho
Lutero aprendeu na Bíblia como enriquecer sua vida de oração. Quando ele estava
no monastério, os monges tinham momentos fixos de oração juntos; embora algo
assim possa facilmente se tornar uma tradição vazia, exerceu impressão
duradoura por toda a sua vida.
CONTEXTO HISTÓRICO E
INTERPRETAÇÃO DA PINTURA
Martinho Lutero era um homem de
oração. Quando ele orava, sentia como se uma porta para Deus se abrisse para
ele. Era sua conexão de alta velocidade com Jesus quando estava estudando a
Bíblia ou quando enfrentava dificuldades aparentemente insuperáveis.
Hoje, mal podemos imaginar quanta coragem ele teve para desafiar a igreja, que
dominava cada aspecto da vida. Em nossos tempos modernos, as pessoas, em quase
todo país do mundo ocidental, têm liberdade para escolher a fé que desejam
praticar. Mas esse não era o caso naqueles dias. Na maioria dos países
europeus, todos pertenciam à mesma igreja, à Igreja Católica. Quem quer que
fizesse oposição a essa igreja e publicamente criticasse o papa era rotulado
como herege e se tornava um pária social. Quem quer que se opusesse a esse tipo
de pressão necessitava de apoio e ajuda significativos. Lutero encontrou sua
maior ajuda em Jesus Cristo. Por isso a oração era muito importante para ele.
Iremos agora, novamente, voltar
nossa atenção para a parte inferior do Altar da Reforma a fim de considerarmos,
por um momento, o motivo da paixão de Lutero pela oração. Vemos Jesus Cristo no
centro da pintura. Ele acabara de ser crucificado – por nossos pecados. Quando
olhamos para Seu rosto, podemos sentir a intensidade de Sua dor e sofrimento.
Sua cabeça está inclinada para o lado e o sangue correndo de Suas feridas. Seu
corpo esquelético, espancado, está esticado, quase prolongado de forma anormal,
e os dois braços têm o mesmo aspecto. Seu corpo excessivamente estendido dá a
impressão que Ele próprio é a cruz. Se considerarmos a parte inferior da
pintura, no contexto total do Altar da Reforma, parece que Jesus na cruz estava
carregando o todo o peso com Seus braços estendidos: a culpa do mundo inteiro,
de nossos pecados, mas também da igreja e do mundo em si. Ao estruturar a
composição da pintura, o artista Lucas Cranach colocou a cena da Ceia do Senhor
diretamente acima da plataforma, como um símbolo para a igreja como um todo.
Desta forma, Jesus carrega a todos nós, a cada dia, em seus braços estendidos.
Quando entendo isso, há apenas uma coisa que posso dizer: Muito obrigado,
Jesus!
COMO MARTINHO LUTERO ORAVA
Nos dias de Martinho Lutero, a
oração fazia parte da vida diária das pessoas. Porém, normalmente, eram orações
memorizadas, como a oração do Santo Rosá- rio, que não requeria muita consideração
mental. As orações eram apenas recitadas monotonamente, repetidas muitas vezes.
Cria-se que quanto mais você as repetia, maior a assistência divina você
obteria; mas isso não ajudava, pois, o coração seguia vazio. Havia um grande
perigo de que a oração se tornasse uma forma exterior,
uma boa ação feita para
agradar a Deus. Não demorou muito até que Lutero reconhecesse a grande
importância da oração pessoal e pública para a nova igreja da Reforma. Por isso
ele escreveu um primeiro livreto sobre a oração, em 1522, que foi publicado em
inúmeras edições e estava entre os escritos mais amplamente distribuídos
naquele tempo. Esse livreto continha não apenas exemplos de orações, mas também
explicações expondo o significado e a importância dos Dez Mandamentos, da
Oração do Pai Nosso e de outros versos importantes da Bíblia.
Martinho Lutero escreveu um
livrinho especial para um velho e bom amigo, Peter Beskendorf, que enfrentava
uma situação muito difícil. O livro intitulado A Simple Way to Pray (Como Orar,
em português) é ainda muito relevante. Ele inicia seu conselho simplesmente
falando de sua própria experiência: “Caro Mestre Pedro”, ele escreve,
“Passo-lhe adiante minha experiência com a oração e a maneira como costumo
praticá-la. Nosso Senhor Deus conceda a você e a todos os demais que o possam
fazer melhor. Amém”.1 Então segue o primeiro conselho importante:
Por isso é bom que, de manhã
cedo, se faça da oração a primeira atividade, e de noite, a última. E cuide-se
muito bem desses pensamentos falsos e enganosos que dizem: Espera um pouco,
daqui a uma hora vou orar, antes ainda tenho que resolver isto ou aquilo.
Porque com esses pensamentos a gente passa da oração para os afazeres que
prendem e envolvem a gente a ponto de não mais sair oração o dia inteiro.
Mas como deveríamos orar? O
conselho de Martinho Lutero é que não se deixe simplesmente os pensamentos
seguirem livremente seu curso, antes devemos ler os versos da Escritura que
chamam a nossa atenção para Deus; por exemplo, a Oração do Pai Nosso (Mateus
6:9-13), ou os Dez Mandamentos (Êxodo 20:2-17). Ele dedica tempo para meditar
completamente em cada verso (por exemplo as petições individuais da Oração do
Pai Nosso ou cada um dos Dez Mandamentos), considerando cuidadosamente as
palavras a fim de captar seu significado. E então, descrevendo sua experiência,
ele diz que não devemos imediatamente começar a falar, mas primeiro apenas
ouvir. “Pois é o Espírito Santo que prega aqui”. Ele então sempre tenta fazer
quatro perguntas:
1. O que este verso da Bíblia
nos diz sobre Deus? Com
essa pergunta, Lutero está buscando ensinos teológicos; princípios fundamentais
que são importantes à nossa fé; está buscando o que o verso nos diz a respeito
da natureza e da vontade de Deus. O que Deus está me ensinando aqui e agora?
2. A pergunta seguinte que Lutero faz
é: Pelo que devo ser agradecido? Que dádiva Deus está me
concedendo agora? O primeiro significado do verso em si. O reformador procura
passar muito tempo tentando responder essa pergunta porque os céus estão abertos
àqueles que são agradecidos
3. Então se segue uma pergunta
introspectiva: Pelo que devo pedir perdão? Com que frequência
eu me esqueço de agradecer a Deus por Suas dádivas? A oração inclui uma
abertura para a correção de Deus. Confessar nossos erros e receber o perdão de
nossas culpas e pecados são importantes aqui.
4. Como a última das quatro formas
básicas de oração, Lutero fala de nossas petições. Pelo que devo pedir? Este
é o ponto onde falamos com Deus a respeito de tudo o que temos no coração. Por
exemplo, meus anseios e desejos, ou um pedido para que Deus intervenha de forma
concreta.
Para Lutero, essas quatro
perguntas serviam como boa ferramenta para a oração. Assim se estabelece um
diálogo: ele ouve e Deus responde. Assim sendo, tudo o que o perturba ou
impulsiona pode ser trazido a Deus em oração; e, desta forma, a oração não é
apenas em uma direção, mas um diálogo real, uma conversa com Deus. Aqueles que
oram, esperam uma resposta. Essa é a verdadeira fé em ação.
Martinho Lutero destaca que o
próprio Deus disse que a oração é uma parte essencial da fé. Deus nos ordenou
orar; mais do que isso, Ele prometeu responder as nossas orações. Ele até mesmo
nos deu um exemplo de como orar, por meio de Seu Filho, Jesus Cristo: a Oração
do Pai Nosso. Aqueles que reivindicam essas promessas não serão desapontados.
Na verdade, a oração se assemelha
à comunicação entre duas pessoas que se gostam muito. Você não precisa apenas
ficar balbuciando, deve parar para ouvir. E quanto mais um conhece o outro, mais
intenso é o diálogo. Lutero fez da oração uma prioridade e quanto mais ocupado
estava, mas ele orava; ele queria estar em contato com Deus e mantê-Lo
envolvido em tudo o que ele fazia. Lutero, muitas vezes, falou da oração e
estas são algumas das frases atribuídas a ele: “Tenho muitas coisas para fazer
hoje, então preciso orar muito”. “Estou tão ocupado hoje, que preciso passar
três horas em oração para conseguir fazer tudo”. “O trabalho do cristão é a
oração”.
COMO PODEMOS ORAR
Imagine que você faz parte de uma
família maravilhosa em que todos vivem juntos. Sua família consiste de você e
de seus pais, de seu irmão e irmã, de seu cônjuge, se casado, de seus filhos e
talvez também de seus avós, todos vivendo na mesma casa. Mas... vocês não
conversam entre si. Ninguém tem nada a dizer um ao outro; vocês apenas ficam no
seu canto, ligados em seus smartphones. A cozinha é o único lugar onde vocês
podem se deparar rapidamente um com o outro. Porém, no demais, todos apenas
seguem seu caminho. Essa realmente é uma família maravilhosa? Certamente, não.
Hoje sabemos que para termos
felicidade e sucesso – quer no casamento e na família, na igreja, na escola ou
no trabalho – a comunicação eficiente é absolutamente essencial. Muitos cursos
de graduação e de pós-graduação, seminários e programas de treinamento são
oferecidos nessa área. Certamente, quanto melhor nos comunicarmos uns com os
outros, melhor nos conheceremos. Parece que duas pessoas que se amam nunca
ficam sem assunto, e assim sempre conseguem se conhecer melhor. O mesmo ocorre
no relacionamento com Jesus. Como Ele vai falar com a gente se não ouvimos o
que Ele tem a dizer? E como podemos esperar conhecê-Lo se não conversamos com
Ele? Além do mais, você não pode dizer que conhece um atleta renomado, por
exemplo, apenas porque o vê na TV! Conhecer alguém é mais do que isso.
Significa que vocês se comunicam pessoalmente. Isso envolve diálogo e
apreciação mútua. Exatamente como isso ocorre, quer através das diversas redes
sociais ou face a face, não é o mais importante.
Se lermos a Bíblia, prontamente
descobriremos quanto a oração significava para as pessoas na Bíblia; como para
eles era “normal” falar de todas as suas alegrias e aspirações, de todos seus
fardos, preocupação e até mesmo de sua ira contra Deus, pela oração. O livro de
Salmos contém muitas orações pessoais escritas por Davi e vários outros autores
que valorizavam o tempo passado em meditação. Para eles, como para Lutero, o
reformador, a oração era a porta para passar toda uma vida na presença de Jesus
– como em um maravilhoso casamento espiritual.
NOSSO LEGADO
É um descuido fatal iniciar o dia
sem falar com o Criador e buscar forças para enfrentar o dia. Ellen White
escreve: “E se o Salvador dos homens, o Filho de Deus, sentia a necessidade de
orar, quanto mais devemos nós, débeis e pecaminosos mortais que somos, sentir a
necessidade de fervente e constante oração!” (Caminho a Cristo, p. 93). A
oração é uma forma de mostrar quem é o centro de nossa vida. Mediante a oração,
reconhecemos o poder de Deus e fazemos petições apenas no nome de Jesus! Oh,
que nome! Que amigo temos em Jesus! “Ele existe antes de tudo o que há, e nele
todas as coisas subsistem” (Colossenses 1:17). Jesus é o centro de nossa vida.
Jesus é o Evangelho. Por meio dEle todas as coisas vieram à existência. Por
isso, Jesus está pronto a ser contatado através da oração.
Nosso legado: “Deus, o Filho
Eterno, encarnou-se como Jesus Cristo. Por meio dele foram criadas todas as
coisas, é revelado o caráter de Deus, efetuada a salvação da humanidade e
julgado o mundo. Sendo para sempre verdadeiramente Deus, Ele se tornou também
verdadeiramente humano, Jesus, o Cristo. Foi concebido do Espírito Santo e
nasceu da virgem Maria. Viveu e experimentou a tentação como ser humano, mas
exemplificou perfeitamente a justiça e o amor de Deus. Por seus milagres
manifestou o poder de Deus e atestou que era o Messias prometido por Deus.
Sofreu e morreu voluntariamente na cruz por nossos pecados e em nosso lugar,
foi ressuscitado dentre os mortos e ascendeu ao Céu para ministrar no santuário
celestial em nosso favor. Virá outra vez, em glória, para o livramento final de
seu povo e a restauração de todas as coisas (Is 53:4-6; Dn 9:25-27; Lc 1:35; Jo
1:1-3, 14; 5:22; 10:30; 14:1-3, 9, 13; Rm 6:23; 1Co 15:3, 4; 2Co 3:18; 5:17-19;
Fp 2:5-11; Cl 1:15-19; Hb 2:9-18; 8:1, 2).2
A PROMESSA DE DEUS PARA VOCÊ:
“E se esse meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, orar e buscar a minha face, e se afastar dos seus
maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e seus erros e
curarei a sua terra”. E então acrescenta: “De hoje em diante os meus olhos
estarão observando e os meus ouvidos atentos às orações que serão realizadas
neste lugar” (2 Crônicas 7:14-15). De fato, o Senhor está dizendo: “Quero
curá-lo e perdoá-lo, mas estou aguardando que você se humilhe e ore”.
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