Hoje na Igreja Adventista do Tancredo Neves, quarta-feira 26 ,deu seguimento a 5° quinta noite da #SemanaDeOracao #Jovem. Com a participação da Irmã #Luzia , erguendo a sua voz em agradecimento e adoração a Deus por lhe conceder a bênção da cura de sua enfermidade. "Um coração grato deve ser uma realidade na vida de qualquer pessoa" .
Grupo Filhos do Rei, louvando a Deus, e o Jovem #Jose_Vitor trazendo-nos a mensagem bíblica da noite com o tema: A ceia do Senhor propicia a comunhão.
Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. 1 Tessalonicenses 5:18 |
A ceia do Senhor propicia a comunhão.
JUNTO A JESUS
Você se lembra da última vez em que se sentiu totalmente
sozinho e esquecido? Talvez um de seus sonhos foi destruído. Você não foi
aprovado em uma prova e arruinou tudo, embora ela parecesse ser muito fácil. Tenho
certeza de que vou ser aprovado, você pensou, mas
não foi! E talvez na mesma época, o seu melhor amigo lhe tenha desprezado
repetidas vezes. E ele, a pessoa em quem você mais confiava, espalhou todo o
tipo de fatos a seu respeito nas redes sociais, não apenas que você não passou
na prova, mas disse também que você é um fracasso total. Um ótimo exemplo de cyberbullying
e você não pôde fazer nada a respeito. Agora, todos sabem que você é um
fracasso. Você se lembra dos sentimentos terríveis que se desencadearam? Talvez
você esteja vivendo esses sentimentos agora – difamado diante dos outros,
exposto e rejeitado. Sentir-se desvalorizado, machuca. De repente, você percebe
quão sozinho você está. Totalmente solitário. Tudo o que você queria era ser
amado e aceito.
CONTEXTO HISTÓRICO E INTERPRETAÇÃO DA PINTURA
Lutero viveu esses sentimentos de rejeição quando era monge.
Ele sentia como se Deus estivesse jogando um jogo cruel com ele. Como
esse Deus pode chamar a Si mesmo de Deus de amor? O preço que exige por esse
amor é muito alto e não há quem possa pagá-lo: Não posso guardar os mandamentos
de Deus. Eu tento, mas fracasso repetidas vezes e assim sou condenado a
permanecer no pecado. Estou atemorizado.
Na igreja medieval, muitas pessoas tinham medo de Deus,
tinham medo da morte e tinham medo de que Deus as abandonasse. E a igreja usava
esses medos para abastecer sua tesouraria. Havia indulgência para a remissão de
pecados que podiam ser pagas em dinheiro. Supostamente, havia uma tesouraria
para as boas obras e para o mérito de uma determinada pessoa piedosa, os
santos, que era administrada pela igreja – dessa tesouraria você podia comprar
indulgência – por temor. A maioria das 95 teses que o Dr. Martinho Lutero
pregou na porta do Castelo em Wittenberg, em 31 de outubro de 1517, envolve a
crítica à prática de cobrar indulgências pelos pecados.
O que Lutero colocou no lugar das indulgências? Uma nova
compreensão da Santa Ceia que elimina a necessidade de quaisquer indulgências:
a Santa Ceia, de acordo com o exemplo bíblico. Ao longo dos séculos, a Ceia do
Senhor se tornara um instrumento de poder para a igreja. Somente o clero podia
receber o pão e o vinho, os símbolos comemorativos do sofrimento e morte de
Jesus. Os membros comuns da igreja, os leigos, não tinham permissão de receber
a Santa Ceia. Isso era justificado com o argumento de que havia perigo de que
um leigo pudesse derramar um pouco do precioso sangue de Jesus! Como se isso
não pudesse acontecer a um sacerdote. Mas a congregação da igreja não valia
esse risco. E já havia um muro, chamado de tela do coro, que separava a
congregação do clero celebrando a Ceia do Senhor, no recinto da igreja chamado
de coro.
Mas
aqui, no centro da pintura, vemos exatamente o oposto retratado: Jesus está
vestido de forma tão simples quanto os discípulos, não com mantos litúrgicos
dispendiosos usados pelo clero. O cordeiro da páscoa se encontra no meio da
mesa. Ele retrata o exato momento descrito em João 13, iniciando no verso 21.
Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos afirmo que um dentre vós me trairá”.
Então os discípulos perguntaram: “Senhor, quem é?” Jesus respondeu: “É aquele a
quem Eu der este pedaço de pão molhado no prato”. Então o deu
a Judas, mas os outros discípulos ainda ficaram na dúvida. Em meio a toda
incerteza, vemos um jovem em pé, fora do círculo, estendendo a mão para
entregar a taça de vinho (é Lucas Cranach, o jovem). Ele o está dando a
Martinho Lutero. Portanto, o pintor retratou algo das experiências emocionais
mais profundas da Reforma. A humilhação dos membros leigos na Ceia do Senhor
chegara ao fim. A maioria deles não entendia o que estava acontecendo na Santa
Ceia. Tudo era celebrado em latim. Visto que ninguém entendia as palavras
latinas, proferidas para consagrar o pão da comunhão: “Hoc
est corpus meum”, que significa “Este é meu corpo”,
em muitas línguas a frase ficou fixada como “hocus-pocus”, usada em conexão com
algo que é incompreensível, misterioso ou até mesmo enganoso.
Os reformadores puseram fim a essa confusão. Cem anos antes,
o reformador tcheco, João Huss, já havia introduzido a prática de celebrar a
Santa Ceia dos “dois tipos”, ou seja, incluindo o pão e o vinho, em
conformidade com o exemplo bíblico. Agora a Alemanha se unia a essa celebração
do Santa Ceia, na língua do povo, a fim de que todos pudessem compreendê-la.
Assim a congregação não só assistia, mas se tornou participante ativa,
unindo-se na celebração da Ceia do Senhor. Hoje, não podemos imaginar o que
isso significava para os membros comuns da igreja. Eles vinham para a igreja e
eram plenamente incluídos no culto, tomando assento à mesa com Jesus, na Ceia
do Senhor, conforme retratado no Altar da Reforma. Poderia haver algo mais
maravilhoso?
Portanto, para Lutero, a Santa Ceia não é apenas um memorial,
mas um evento que ocorre aqui e agora. O quão profundamente inspirador isso foi
para o pintor, pode-se ver no fato de que a Ceia do Senhor não é retratada em
um cenário que nos lembra a antiga Palestina. Se você olhar pela janela ao
fundo, verá uma paisagem típica da Saxônia, na Alemanha, com um castelo, montanha
e um carvalho. Assim, fica claro ao observador que a Santa Ceia é a meu
respeito, individualmente. Estou assim tão perto de Jesus?
COMPREENSÃO DE MARTINHO LUTERO SOBRE A SANTA CEIA
Lutero
tinha um grande sonho. Ele era tão entusiasta a respeito das boas novas do
Evangelho que acreditava que as outras pessoas sentiriam o mesmo ao
estudarem a Palavra de Deus. Ele esperava poder ajudar os
outros a compartilhar sua experiência da justificação pela fé, que ele teve sozinho
em seu minúsculo quarto no Mosteiro Negro, em Wittenberg. Ele até mesmo
esperava que os judeus, finalmente, reconheceriam a Cristo como o Messias.
Mas o que ele agora experimentava era, infelizmente, muito
diferente. Depois que as primeiras igrejas protestantes foram fundadas, as
políticas do império começaram a determinar o rumo dos eventos. O imperador e o
papa queriam pôr esse jovem herege em seu devido lugar. Mas o Príncipe
Frederico, o Sábio, colocou-o sob sua proteção. Visto que o príncipe era um dos
três representantes seculares mais importantes do Sacro Império
Romano-Germânico, a igreja de Roma e o papa sempre tinham que mostrar a devida
consideração ao Príncipe Frederico nas assembleias imperiais. Mas as tensões
políticas permaneciam. Nessa fase, a celebração da Santa Ceia, dos dois tipos,
se tornou um dos símbolos mais importantes do movimento da reforma. Sempre que
a nobreza, os cidadãos comuns e os ex-sacerdotes celebravam a Ceia do Senhor
juntos, novas igrejas eram formadas. Esses eram lugares onde se podia entrar na
presença de Jesus. Lutero, o reformador, queria estar perto de Jesus na Ceia do
Senhor, e também confirmar que o caminho para a Reforma no qual ele embarcara
era o correto.
Para Lutero era importante que na igreja da Reforma não
houvessem tantos sacramentos praticados como o eram praticados na antiga Igreja
Católica. Ele ensinava que apenas os rituais simbólicos ordenados pelo próprio
Cristo e para os quais a Palavra de Deus continha palavras explícitas de
instituição proferidas pelo próprio Jesus, deveriam ser obrigatórias para a
igreja.
COMO PODEMOS ESTAR PERTO DE JESUS?
“Como
adventistas do sétimo dia cremos que a Ceia do Senhor é um memorial e que o pão
e o vinho são símbolos do corpo partido e do sangue derramado de Jesus. ‘Todos
os membros da Igreja deveriam participar dessa sagrada Comunhão, pois nela,
através do Espírito Santo, Cristo Se encontra com Seu povo, e os revigora por
Sua presença. Corações e mãos indignos podem mesmo dirigir a ordenança; todavia
Cristo ali Se encontra para ministrar a Seus filhos. Todos quantos ali chegam
com a
fé baseada nEle, serão grandemente abençoados. Todos quantos
negligenciam esses períodos de divino privilégio, sofrerão prejuízo. Deles se
poderia quase dizer: ‘Nem todos estais limpos’ (White, Desejado
de Todas as Nações, p. 466).”1
Na Ceia do Senhor, sentimos nosso Salvador Jesus Cristo de
forma muito especial. Em um ato solene, lemos as palavras que o próprio Jesus
proferiu e que estão registradas em Lucas 22:19-20: “fazei isto em memória de
mim”. Não se trata de um conceito ou ensino do qual você pode ter opiniões
diferentes. É uma ordem muito específica de Jesus. Então, o pão e o vinho são
distribuídos entre nós, assim como Jesus nos disse para fazer. Ao provarmos o
pão e o vinho, experimentamos a proximidade com Jesus que de outra forma
raramente é alcançada. Pode-se quase dizer que na Ceia do Senhor sentimos Jesus
com todos os cinco sentidos – ou seja, com parte de nosso ser.
A Ceia do Senhor deve representar uma ocasião festiva, não um
período de tristeza. O serviço precedente do lava-pés já propiciou a oportunidade
para autoexame, confissão de pecados, reconciliação de diferenças e perdão.
Tendo recebido a certeza de haverem sido purificados pelo sangue do Salvador,
os crentes acham-se prontos para ingressar em comunhão especial com o seu
Senhor. Dirigem-se a Sua mesa com alegria, postando-se sob a luz – e não sob as
sombras – da cruz, prontos para comemorar a redentiva vitória de Cristo. (Nisto
Cremos, p. 271)3
O SIGNIFICADO DA CEIA DO SENHOR
A Ceia do Senhor substitui a festividade da Páscoa do período
do antigo pacto. A Páscoa teve seu cumprimento quando Cristo, o Cordeiro
Pascal, deu Sua vida. Antes de Sua morte, o próprio Cristo instituiu a
substituição, a grande festa do Israel espiritual sob o novo pacto. Portanto,
as raízes de boa parte do simbolismo da Ceia do Senhor remontam à cerimônia da
Páscoa.
NOSSO LEGADO
Nunca
deixe passar a oportunidade de participar da Santa Ceia. É um momento para
experimentar a graça de Deus. Somos salvos pela graça, mediante a fé. É
por isso que somos chamados a realizá-la em memória de Jesus.
Todo o que crê em Jesus é convidado a participar abertamente. No livro Nisto
Cremos, p. 274, lemos:
“Num mundo cheio de lutas e dissensões, nossa participação
nessas celebrações coletivas contribui para a unidade e estabilidade da
igreja, pois aí demonstramos verdadeira comunhão com Cristo e uns com os
outros. Salientando esta comunhão, Paulo disse: ‘Porventura, o cálice da bênção
que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a
comunhão do corpo de Cristo?’”
“Como há somente um pão, nós, que somos muitos, somos um só
corpo, pois todos participamos de um único pão” (1Co 10:16, 17).
“Essa é uma alusão ao fato de que o pão da comunhão é partido
em muitos pedaços, os quais são comidos pelos participantes, e que todos os
pedaços provêm do mesmo pão; dessa forma, os crentes que participam da
comunhão são unidos nAquele cujo corpo partido tipifica o pão partido. Ao compartilharmos
dessa ordenança, mostramos publicamente que mantemos a união e que pertencemos
à grande família cuja cabeça é Cristo” (Nisto Cremos, p. 274).4
“Todos os membros da Igreja deveriam participar dessa sagrada
Comunhão, pois nela, através do Espírito Santo, “Cristo Se encontra com Seu
povo, e os revigora por Sua presença. Corações e mãos indignos podem mesmo
dirigir a ordenança; todavia Cristo ali Se encontra para ministrar a Seus
filhos. Todos quantos ali chegam com a fé baseada nEle, serão grandemente
abençoados. Todos quantos negligenciam esses períodos de divino privilégio,
sofrerão prejuízo. Deles se poderia quase dizer: ‘Nem todos estais limpos’
(João 13:11).’”5
“Experimentamos
os mais fortes e profundos sentimentos de comunidade junto à mesa do Senhor.
Ali nos encontramos em terreno comum, onde são quebradas as barreiras que nos
separam. Ali nos damos conta de que, embora na sociedade existem muitas coisas
capazes de nos separar, em Cristo se encontra tudo aquilo que é necessário
para nos unir. Enquanto compartilhava o cálice da Comunhão, Jesus ofereceu aos
discípulos o novo concerto. ‘Bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o
sangue da nova aliança, derramado
em favor de muitos, para remissão de pecados’ (Mt 26:27 e 28;
Luc. 22:20). Do modo como o antigo concerto foi ratificado pelo sangue de
animais (Êx 24:8), assim o novo concerto foi ratificado pelo sangue de Cristo.
Por ocasião dessas ordenanças, os crentes renovam seus votos de fidelidade a
seu Senhor, reconhecendo novamente que fazem parte do maravilhoso acordo em
que, por intermédio de Jesus, Deus Se vinculou à humanidade. Sendo eles uma
parte desse concerto, têm os crentes algo a comemorar. Portanto, a Ceia do
Senhor é tanto um memorial quanto um ato de ação de graças pelo selamento do
eterno concerto da graça. As bênçãos recebidas guardam proporção direta com a
fé dos participantes” (Idem, p. 274, 275).
Nosso legado: “A Ceia do
Senhor é uma participação nos emblemas do corpo e do sangue de Jesus, como
expressão de fé nele, nosso Senhor e Salvador. Nessa experiência de comunhão,
Cristo se faz presente para se encontrar com seu povo e fortalecê-lo.
Participando da Ceia, proclamamos alegremente a morte do Senhor até que Ele
volte. A preparação para a Ceia envolve exame de consciência, arrependimento e
confissão. O Mestre instituiu a cerimônia do lava-pés para denotar renovada
purificação, para expressar a disposição de servir uns aos outros em humildade
semelhante à de Cristo e para unir nossos corações em amor. A cerimônia da
comunhão é franqueada a todos os cristãos (Mt 26:17-30; Jo 6:48- 63; 13:1-17;
1Co 10:16, 17; 11:23-30; Ap 3:20).”6
A Ceia do Senhor nos ajuda a olhar para cima e para o nosso
interior. Como isso funciona para você? Ao refletir em sua vida entre uma Santa
Ceia e outra, você vê crescimento ou se sente desanimado?
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