quarta-feira, 26 de julho de 2017

5º DIA DA SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM 2017: A Ceia do Senhor propicia a comunhão

Hoje na Igreja Adventista do Tancredo Neves, quarta-feira 26 ,deu seguimento a  5° quinta noite da #SemanaDeOracao #Jovem. Com a participação da Irmã #Luzia , erguendo a sua voz em agradecimento e adoração a Deus por lhe conceder a bênção da cura de sua enfermidade. "Um coração grato deve ser uma realidade na vida de qualquer pessoa" .
Grupo Filhos do Rei, louvando a Deus, e o Jovem #Jose_Vitor trazendo-nos a mensagem bíblica da noite com o tema: A ceia do Senhor propicia a comunhão.


Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. 
1 Tessalonicenses 5:18

A ceia do Senhor propicia a comunhão.

JUNTO A JESUS

Você se lembra da última vez em que se sentiu totalmente sozinho e esque­cido? Talvez um de seus sonhos foi destruído. Você não foi aprovado em uma prova e arruinou tudo, embora ela parecesse ser muito fácil. Tenho certeza de que vou ser aprovado, você pensou, mas não foi! E talvez na mesma época, o seu me­lhor amigo lhe tenha desprezado repetidas vezes. E ele, a pessoa em quem você mais confiava, espalhou todo o tipo de fatos a seu respeito nas redes sociais, não apenas que você não passou na prova, mas disse também que você é um fracasso total. Um ótimo exemplo de cyberbullying e você não pôde fazer nada a respeito. Agora, todos sabem que você é um fracasso. Você se lembra dos sentimentos terríveis que se desencadearam? Talvez você esteja vivendo esses sentimentos agora – difamado diante dos outros, exposto e rejeitado. Sentir-se desvalorizado, machuca. De repente, você percebe quão sozinho você está. Totalmente solitário. Tudo o que você queria era ser amado e aceito.

CONTEXTO HISTÓRICO E INTERPRETAÇÃO DA PINTURA

Lutero viveu esses sentimentos de rejeição quando era monge. Ele sentia como se Deus estivesse jogando um jogo cruel com ele. Como esse Deus pode chamar a Si mesmo de Deus de amor? O preço que exige por esse amor é muito alto e não há quem possa pagá-lo: Não posso guardar os mandamentos de Deus. Eu tento, mas fracasso repetidas vezes e assim sou condenado a permanecer no pecado. Estou atemorizado.

Na igreja medieval, muitas pessoas tinham medo de Deus, tinham medo da morte e tinham medo de que Deus as abandonasse. E a igreja usava esses medos para abastecer sua tesouraria. Havia indulgência para a remissão de pecados que podiam ser pagas em dinheiro. Supostamente, havia uma tesouraria para as boas obras e para o mérito de uma determinada pessoa piedosa, os santos, que era administrada pela igreja – dessa tesouraria você podia comprar indulgência – por temor. A maioria das 95 teses que o Dr. Martinho Lutero pregou na porta do Castelo em Wittenberg, em 31 de outubro de 1517, envolve a crítica à prática de cobrar indulgências pelos pecados.

O que Lutero colocou no lugar das indulgências? Uma nova compreensão da Santa Ceia que elimina a necessidade de quaisquer indulgências: a Santa Ceia, de acordo com o exemplo bíblico. Ao longo dos séculos, a Ceia do Senhor se tornara um instrumento de poder para a igreja. Somente o clero podia receber o pão e o vinho, os símbolos comemorativos do sofrimento e morte de Jesus. Os membros comuns da igreja, os leigos, não tinham permissão de receber a Santa Ceia. Isso era justificado com o argumento de que havia perigo de que um leigo pudesse derramar um pouco do precioso sangue de Jesus! Como se isso não pudesse acontecer a um sacerdote. Mas a congregação da igreja não valia esse risco. E já havia um muro, chamado de tela do coro, que separava a congregação do clero celebrando a Ceia do Senhor, no recinto da igreja chamado de coro.

Mas aqui, no centro da pintura, vemos exatamente o oposto retratado: Jesus está vestido de forma tão simples quanto os discípulos, não com mantos litúrgi­cos dispendiosos usados pelo clero. O cordeiro da páscoa se encontra no meio da mesa. Ele retrata o exato momento descrito em João 13, iniciando no verso 21. Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos afirmo que um dentre vós me trairá”. Então os discípulos perguntaram: “Senhor, quem é?” Jesus respondeu: “É aquele a
quem Eu der este pedaço de pão molhado no prato”. Então o deu a Judas, mas os outros discípulos ainda ficaram na dúvida. Em meio a toda incerteza, vemos um jovem em pé, fora do círculo, estendendo a mão para entregar a taça de vinho (é Lucas Cranach, o jovem). Ele o está dando a Martinho Lutero. Portanto, o pintor retratou algo das experiências emocionais mais profundas da Reforma. A humi­lhação dos membros leigos na Ceia do Senhor chegara ao fim. A maioria deles não entendia o que estava acontecendo na Santa Ceia. Tudo era celebrado em latim. Visto que ninguém entendia as palavras latinas, proferidas para consagrar o pão da comunhão: “Hoc est corpus meum”, que significa “Este é meu corpo”, em muitas línguas a frase ficou fixada como “hocus-pocus”, usada em conexão com algo que é incompreensível, misterioso ou até mesmo enganoso.

Os reformadores puseram fim a essa confusão. Cem anos antes, o reformador tcheco, João Huss, já havia introduzido a prática de celebrar a Santa Ceia dos “dois tipos”, ou seja, incluindo o pão e o vinho, em conformidade com o exemplo bíblico. Agora a Alemanha se unia a essa celebração do Santa Ceia, na língua do povo, a fim de que todos pudessem compreendê-la. Assim a congregação não só assistia, mas se tornou participante ativa, unindo-se na celebração da Ceia do Senhor. Hoje, não podemos imaginar o que isso significava para os membros co­muns da igreja. Eles vinham para a igreja e eram plenamente incluídos no culto, tomando assento à mesa com Jesus, na Ceia do Senhor, conforme retratado no Altar da Reforma. Poderia haver algo mais maravilhoso?

Portanto, para Lutero, a Santa Ceia não é apenas um memorial, mas um evento que ocorre aqui e agora. O quão profundamente inspirador isso foi para o pintor, pode-se ver no fato de que a Ceia do Senhor não é retratada em um cenário que nos lembra a antiga Palestina. Se você olhar pela janela ao fundo, verá uma paisagem típica da Saxônia, na Alemanha, com um castelo, montanha e um carvalho. Assim, fica claro ao observador que a Santa Ceia é a meu respeito, individualmente. Estou assim tão perto de Jesus?

COMPREENSÃO DE MARTINHO LUTERO SOBRE A SANTA CEIA

Lutero tinha um grande sonho. Ele era tão entusiasta a respeito das boas novas do Evangelho que acreditava que as outras pessoas sentiriam o mesmo ao
estudarem a Palavra de Deus. Ele esperava poder ajudar os outros a compartilhar sua experiência da justificação pela fé, que ele teve sozinho em seu minúsculo quarto no Mosteiro Negro, em Wittenberg. Ele até mesmo esperava que os ju­deus, finalmente, reconheceriam a Cristo como o Messias.

Mas o que ele agora experimentava era, infelizmente, muito diferente. Depois que as primeiras igrejas protestantes foram fundadas, as políticas do império começaram a determinar o rumo dos eventos. O imperador e o papa queriam pôr esse jovem herege em seu devido lugar. Mas o Príncipe Frederico, o Sábio, colocou-o sob sua proteção. Visto que o príncipe era um dos três representantes seculares mais importantes do Sacro Império Romano-Germânico, a igreja de Roma e o papa sempre tinham que mostrar a devida consideração ao Príncipe Frederico nas assembleias imperiais. Mas as tensões políticas permaneciam. Nes­sa fase, a celebração da Santa Ceia, dos dois tipos, se tornou um dos símbolos mais importantes do movimento da reforma. Sempre que a nobreza, os cidadãos comuns e os ex-sacerdotes celebravam a Ceia do Senhor juntos, novas igrejas eram formadas. Esses eram lugares onde se podia entrar na presença de Jesus. Lutero, o reformador, queria estar perto de Jesus na Ceia do Senhor, e também confirmar que o caminho para a Reforma no qual ele embarcara era o correto.

Para Lutero era importante que na igreja da Reforma não houvessem tantos sacramentos praticados como o eram praticados na antiga Igreja Católica. Ele ensinava que apenas os rituais simbólicos ordenados pelo próprio Cristo e para os quais a Palavra de Deus continha palavras explícitas de instituição proferidas pelo próprio Jesus, deveriam ser obrigatórias para a igreja.

COMO PODEMOS ESTAR PERTO DE JESUS?

“Como adventistas do sétimo dia cremos que a Ceia do Senhor é um memorial e que o pão e o vinho são símbolos do corpo partido e do san­gue derramado de Jesus. ‘Todos os membros da Igreja deveriam partici­par dessa sagrada Comunhão, pois nela, através do Espírito Santo, Cristo Se encontra com Seu povo, e os revigora por Sua presença. Corações e mãos indignos podem mesmo dirigir a ordenança; todavia Cristo ali Se encontra para ministrar a Seus filhos. Todos quantos ali chegam com a
fé baseada nEle, serão grandemente abençoados. Todos quantos negli­genciam esses períodos de divino privilégio, sofrerão prejuízo. Deles se poderia quase dizer: ‘Nem todos estais limpos’ (White, Desejado de Todas as Nações, p. 466).”1

Na Ceia do Senhor, sentimos nosso Salvador Jesus Cristo de forma muito especial. Em um ato solene, lemos as palavras que o próprio Jesus proferiu e que estão registradas em Lucas 22:19-20: “fazei isto em memória de mim”. Não se trata de um conceito ou ensino do qual você pode ter opiniões diferentes. É uma ordem muito específica de Jesus. Então, o pão e o vinho são distribuídos entre nós, assim como Jesus nos disse para fazer. Ao provarmos o pão e o vinho, experimentamos a proximidade com Jesus que de outra forma raramente é alcançada. Pode-se quase dizer que na Ceia do Senhor sentimos Jesus com todos os cinco sentidos – ou seja, com parte de nosso ser.

A Ceia do Senhor deve representar uma ocasião festiva, não um período de tristeza. O serviço precedente do lava-pés já propiciou a oportuni­dade para autoexame, confissão de pecados, reconciliação de diferenças e perdão. Tendo recebido a certeza de haverem sido purificados pelo sangue do Salvador, os crentes acham-se prontos para ingressar em co­munhão especial com o seu Senhor. Dirigem-se a Sua mesa com alegria, postando-se sob a luz – e não sob as sombras – da cruz, prontos para comemorar a redentiva vitória de Cristo. (Nisto Cremos, p. 271)3

O SIGNIFICADO DA CEIA DO SENHOR

A Ceia do Senhor substitui a festividade da Páscoa do período do antigo pacto. A Páscoa teve seu cumprimento quando Cristo, o Cordeiro Pascal, deu Sua vida. Antes de Sua morte, o próprio Cristo instituiu a substituição, a grande festa do Israel espiritual sob o novo pacto. Portanto, as raízes de boa parte do simbolismo da Ceia do Senhor remontam à cerimônia da Páscoa.

NOSSO LEGADO

Nunca deixe passar a oportunidade de participar da Santa Ceia. É um momen­to para experimentar a graça de Deus. Somos salvos pela graça, mediante a fé. É
por isso que somos chamados a realizá-la em memória de Jesus. Todo o que crê em Jesus é convidado a participar abertamente. No livro Nisto Cremos, p. 274, lemos:
“Num mundo cheio de lutas e dissensões, nossa participação nessas ce­lebrações coletivas contribui para a unidade e estabilidade da igreja, pois aí demonstramos verdadeira comunhão com Cristo e uns com os outros. Salientando esta comunhão, Paulo disse: ‘Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?’”

“Como há somente um pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão” (1Co 10:16, 17).

“Essa é uma alusão ao fato de que o pão da comunhão é partido em muitos pedaços, os quais são comidos pelos participantes, e que todos os pedaços provêm do mesmo pão; dessa forma, os crentes que partici­pam da comunhão são unidos nAquele cujo corpo partido tipifica o pão partido. Ao compartilharmos dessa ordenança, mostramos publicamente que mantemos a união e que pertencemos à grande família cuja cabeça é Cristo” (Nisto Cremos, p. 274).4

“Todos os membros da Igreja deveriam participar dessa sagrada Comu­nhão, pois nela, através do Espírito Santo, “Cristo Se encontra com Seu povo, e os revigora por Sua presença. Corações e mãos indignos podem mesmo dirigir a ordenança; todavia Cristo ali Se encontra para ministrar a Seus filhos. Todos quantos ali chegam com a fé baseada nEle, serão grandemente abençoados. Todos quantos negligenciam esses períodos de divino privilégio, sofrerão prejuízo. Deles se poderia quase dizer: ‘Nem todos estais limpos’ (João 13:11).’”5

“Experimentamos os mais fortes e profundos sentimentos de comunidade junto à mesa do Senhor. Ali nos encontramos em terreno comum, onde são quebradas as barreiras que nos separam. Ali nos damos conta de que, embora na sociedade existem muitas coisas capazes de nos separar, em Cristo se en­contra tudo aquilo que é necessário para nos unir. Enquanto compartilhava o cálice da Comunhão, Jesus ofereceu aos discípulos o novo concerto. ‘Bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado
em favor de muitos, para remissão de pecados’ (Mt 26:27 e 28; Luc. 22:20). Do modo como o antigo concerto foi ratificado pelo sangue de animais (Êx 24:8), assim o novo concerto foi ratificado pelo sangue de Cristo. Por ocasião dessas ordenanças, os crentes renovam seus votos de fidelidade a seu Senhor, reconhecendo novamente que fazem parte do maravilhoso acordo em que, por intermédio de Jesus, Deus Se vinculou à humanidade. Sendo eles uma parte desse concerto, têm os crentes algo a comemorar. Portanto, a Ceia do Senhor é tanto um memorial quanto um ato de ação de graças pelo selamen­to do eterno concerto da graça. As bênçãos recebidas guardam proporção direta com a fé dos participantes” (Idem, p. 274, 275).

Nosso legado: “A Ceia do Senhor é uma participação nos emblemas do corpo e do sangue de Jesus, como expressão de fé nele, nosso Senhor e Salvador. Nessa experiência de comunhão, Cristo se faz presente para se encontrar com seu povo e fortalecê-lo. Participando da Ceia, proclamamos alegremente a morte do Se­nhor até que Ele volte. A preparação para a Ceia envolve exame de consciência, arrependimento e confissão. O Mestre instituiu a cerimônia do lava-pés para denotar renovada purificação, para expressar a disposição de servir uns aos outros em humildade semelhante à de Cristo e para unir nossos corações em amor. A cerimônia da comunhão é franqueada a todos os cristãos (Mt 26:17-30; Jo 6:48- 63; 13:1-17; 1Co 10:16, 17; 11:23-30; Ap 3:20).”6


A Ceia do Senhor nos ajuda a olhar para cima e para o nosso interior. Como isso funciona para você? Ao refletir em sua vida entre uma Santa Ceia e outra, você vê crescimento ou se sente desanimado?

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